O Instituto de Psicologia resolveu mobilizar-se em resposta às duas tentativas de assalto

04-10-2010 20:32

O Instituto de Psicologia resolveu mobilizar-se em resposta às duas tentativas de assalto a mão armada registradas nas últimas semanas. Um café da manhã foi realizado nesta quinta-feira (30) para colher assinaturas e elaborar um abaixo assinado que será encaminhado à reitoria. O documento pede medidas emergenciais para que haja reforço na segurança e medidas de melhorias no sistema de iluminação pública dos estacionamentos.

Um manifesto já havia sido enviado à reitoria antes do retorno do calendário letivo. Entretanto, não houve um posicionamento oficial para as reivindicações listadas. Os docentes chegaram a cogitar, na ocasião, a possibilidade de suspender as aulas noturnas, período em que há maior ocorrência de assaltos e furto nos interiores de veículos, já que não houve qualquer comunicado garantindo providências por parte da reitoria.


Presidente da ADUnB, Ebnezer Nogueira esteve presente no ato

Diretora do Instituto de Psicologia, Gardênia Abbad manifestou a clima de insegurança que paira na comunidade acadêmica. “Nós não podemos aceitar a falta de solução para um problema recorrente e que está nos atingindo diretamente. Temos mais de 40 mil pessoas que transitam pela universidade, onde não está sendo feita a segurança adequada”, disse. “Não podemos esperar uma solução tardia da universidade. É por isso que estamos nos antecipando e cobrando nossos direitos”, completou.

O ato não foi considerado efetivamente um protesto. De acordo com os próprios docentes, é um primeiro passo para que a reitoria dê uma resposta para a falta de segurança. O documento a ser encaminhado também conta com o apoio da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), que esteve presente na discussão. “Alguns professores estão se sentido vulneráveis e com razão. Não pretendemos achar culpado para a falta de segurança, mas colaborar para que uma solução seja encontrada”, disse o presidente da ADUnB, Ebnezer Nogeuira.

Embora o clima de insegurança esteja em debate, alguns professores manifestaram ser contrário à presença da Policia Militar no Campus. Entretanto, há professores que afirmam ter mudado de posicionamento. É o caso da docente Daniele Nunes. Grávida de seis meses, ela foi surpreendida no estacionamento por um bandido armado. “Eu sou do Rio de Janeiro e só fui passar por esse tipo de situação aqui na UnB. Acho que as coisas estão ficando preocupantes, pois os bandidos já perceberam que podem agir aqui livremente”, observa. “Se nada for feito a tendência é só piorar”.


Estudantes apresentaram sugestões para melhorar a segurança na UnB

Atualmente, o policiamento no campus da universidade conta com cerca de 100 vigilantes, que trabalham em escala alterada. Além disso, há um convênio com a polícia Militar, que também colabora na segurança através do posto comunitário. Também presente no ato desta manhã, o major Helenívio Seixas destacou ser preciso tomar algumas medidas de segurança por parte dos alunos e professores. “O problema da insegurança está em toda parte. Não é exclusivo da UnB. Estamos sempre fazendo as rondas, mas não é possível estar em todos os locais e a todo instante. Por isso, um pouco de cuidado nunca é demais, principalmente no período noturno”, afirma.


Polícia Militar também esteve presente

A Prefeitura Comunitária da universidade, que também integra o Conselho de Segurança,  foi convidada pelo Instituto de Psicologia para o ato. Entretanto, informnou que o professor e prefeito Paulo César Marques encontra-se no Estado do Rio Grande do Sul discutindo com o sistema de segurança adotado na instituição e que poderá ser implementado na UnB.

Além dos professores, alunos funcionários de universidade tiveram a oportunidade de apresentar todas as insatisfações e preocupações com um sistema de ouvidoria montado. As reclamações, além do abaixo assinado, serão apresentados à reitoria. Uma pesquisa de opinião também foi feita e deverá reforçar todas as preocupações colhidas.

Da Secretaria de Comunicação da ADUnB